Chegamos ao fim de mais uma semana. Não tenho andado muito activa no mundo virtual nos últimos dias mas cá estão as minhas respostas à pergunta:
O que, de melhor, o mundo virtual te trouxe/traz?
- o namorido que conheci virtualmente antes de conhecer ao vivo
- a possibilidade de "reencontrar" pessoas que não via há muito tempo como, por exemplo, colegas da escola ou da faculdade
- fazer viagens sem sair do sofá porque as redes sociais trazem-nos as aventuras de tantos viajantes que nos levam a descobrir sítios incríveis
- Interagir com pessoas interessantes à distância de um clique como acontece com as conversas que se geram através dos blogues. Se não fosse o mundo virtual só conhecíamos as pessoas do nosso bairro ou da nossa cidade. Hoje em dia, podemos trocar ideias com pessoas que estão em Faro, no Porto, em Ponta Delgada, em Paris ou Londres com muita facilidade
- Conversar com alguns dos nossos ídolos como, por exemplo, os escritores ou os músicos que apreciamos. Já tenho mandado emails ou mensagens a alguns artistas, escritores ou músicos e não é que eles respondem?
- Entretenimento já que, hoje em dia, temos sempre ocupação. Ou estamos a ler blogues, ou a actualizar o instagram ou o facebook, ou a fazer scroll down para ver o que os outros andam a fazer. Não sei se isso é uma coisa positiva ou negativa. Se calhar, era bom estarmos algum tempo sozinhos com os nossos pensamentos.
Há um programa na SIC Radical que se chama Irritações. É um programa em que os participantes falam do que os irritou na última semana. Hoje também me deu vontade de falar do que me tem irritado.Assim como hoje é domingo, de um fim-de-semana prolongado, se disser algo que possa escandalizar alguém, ninguém dá por isso e eu posso desabafar à vontade.
Primeira situação: A empresa onde trabalho foi vítima de um espécie de "cyberbulling" no Facebook. Um grupo de pessoas com mobilidade reduzida considerou que a empresa não cumpria a legislação no que diz respeito à acessibilidade. Então o que é que fizeram? Dirigiram-se ao responsável e chamaram a atenção para o problema? Não, nem pensar. Publicaram no Facebook, com fotografias e com comentários extremamente desagradáveis gerando, como seria de esperar, comentários ainda mais desagradáveis. Talvez até tivessem razão mas publicar no Facebook e apelar ao vandalismo não me parece a melhor solução. O que parece é que estas pessoas, que tem todo o direito de defender os seus direitos, já não sabem resolver os problemas de outro modo, sem armarem escarcéu nas redes sociais.
Segunda situação: Aconteceu-me no supermercado. Estava na fila para pagar e nem tinha reparado que estava na caixa de prioridade. Chega uma jovem acompanhada com uma criança de uns 2 anos e uma bebé no "ovo" de transporte. E com o marido. Eu desvio-me e digo-lhe para avançar. Até aqui tudo normal. O que eu não acho normal é que a pessoa nem se tenha dignado a agradecer. Por mais que seja um direito dela em passar à frente e um dever meu facilitar, não custa nada ser cordial e agradecer. Para além disso, também acho discutível que se ceda a prioridade quando há 1 criança e 2 ou 3 adultos com a criança. Obviamente que se uma mãe ou um pai vai ao supermercado sozinho com os filhos pequenos é mais do que legítimo que use a prioridade. Agora a utilização destas caixas quando não estão sozinhos... não poderia ficar 1 deles com as crianças no carro enquanto o outro pagava?! É que já não é a primeira vez que me acontece ceder a prioridade por causa das crianças e depois aparecer a família toda para passar à frente. Parece-me um claro aproveitamento daquilo que é um direito. Mães, pais e avós deste país organizem-se melhor nas idas ao supermercado e não prejudiquem a vida dos outros quando tal não seja estritamente necessário, Por favor.
E agora, que já incomodei as pessoas de mobilidade reduzida e os pais de crianças de colo, vou-me deitar. Bom fim-de-semana.