The power of love
Lembro-me bem do casamento de Carlos e Diana. Durante anos, sonhei com princípes encantados e vestidos de noiva com mangas de balão. Acompanhei, pelas revistas, os primeiros tempos, o nascimento de William e Harry e a triste história em que aquele casamento se tornou. Diana foi, aos meus olhos de criança e adolescente, um exemplo de princesa dos tempos modernos. Nas histórias de encantar, a personagem principal sofre, conhece o seu príncipe encantado e juntos vivem felizes para sempre. Nesta história, aconteceu tudo ao contrário. Depois aconteceu a separação, o divórcio e o desabrochar de uma nova mulher cheia de estilo. Infelizmente, Diana morreu jovem tornando-se, aí sim, numa lenda. A imagem dos filhos acompanhando, com dignidade, o féretro foi comovente. E inesquecível, especialmente a figura do pequeno Harry com 11 anos. Esse menino cresceu, foi rebelde, fez disparates, ou seja, foi um jovem como os outros. Seguiu as pisadas da mãe em campanhas de solidariedade e foi defensor de causas como a desminagem em África. Foi pela mão deste menino que a tradicional Família Real Britânica acolheu no seu seio uma americana, atriz, divorciada e mestiça. Hoje assistiu-se a um casamento real muito diferente do que é habitual com um grupo de convidados muito heterogêneo onde Rainha, príncipes, duques e condes se misturaram com estrelas de Hollywood, jogadores de futebol e músicos. Na bela e antiga capela de Saint George, ouviu-se gospel e um sermão apaixonado pelo Bispo da Igreja Episcopal Americana, Michael Curry.
Meghan, duquesa de Sussex, traz com ela, uma lufada de ar fresco que ajudará a arejar a Monarquia Britânica. Que assim seja.
Eu, por mim, continuo a acreditar em histórias de amor e finais felizes .