Homenagem a Aristides de Sousa Mendes
Hoje Aristides de Sousa Mendes recebe honras de Panteão Nacional.
O antigo Cônsul português em Bordéus, contrariando as ordens de Salazar, emitiu vistos para judeus que fugiam da Europa nos primeiros anos da II Guerra Mundial salvando milhares de refugiados judeus. O número correcto não é consensual embora se aponte para os 30 000 judeus.
O diplomata faleceu em 1954 mas durante muitos anos não recebeu o reconhecimento, antes pelo contrário, devido uma vez que tinha desobedecido a Salazar o que só aconteceu após o 25 de Abril.
Esta homenagem partiu da iniciativa da deputada não escrita Joacine Katar Moreira tendo sido aprovada unanimemente pelo Parlamento.
De modo a respeitar a vontade do próprio bem como dos familiares, o corpo não será transladado para o Panteão Nacional. A homenagem constará do descerramento de uma placa simbólica na mesma sala onde repousam Sophia de Mello Breyner Andersen, General Humberto Delgado, Aquilino Ribeiro e Eusébio.
A justa homenagem a um homem que não hesitou em desobedecer às ordens quando um valor mais alto, o valor da vida, se impunha na sua consciência.