Ontem assinalou-se o Dia Mundial da Abelha. Lembrei-me de fazer uma publicação no Instagram alusiva ao tema. E escolhi um frasco de mel para o efeito. Sempre tive fácil e abundante acesso a mel caseiro. Quando era miúda quase todos os homens da família eram apicultores nas horas vagas; o meu avô paterno, o meu avô materno, o meu pai e o meu tio. Nessa altura não ligava muito a mel. Até chegava a dizer que não gostava. Acontecia mais ou menos como as nêsperas de que falei há dias embora a aversão a estas frutas fosse maior do que ao mel.
Depois, um a um, fui perdendo o meu avô paterno, o meu pai e por fim o meu avô materno. Só sobrou o meu tio J., verdadeiro apaixonado da apicultura. O mel deixou de ser tão abundante com antes. E foi nessa altura que eu comecei a apreciar este laborioso trabalho das abelhas.
O meu tio está a ficar mais idoso e tem inúmeros problemas de saúde. Não sei durante quanto tempo ainda vou ter a possibilidade de me deliciar com um chá adoçado com mel ou um bolo de mel tipicamente alentejano. E já lhe estou a sentir a falta.
Mais uma prova de que não damos o real valor aquilo que temos em abundância. Só quando se torna mais escasso é que o apreciamos verdadeiramente.
A minha mãe sempre apreciou nêsperas e eu nunca liguei muito. Na casa da família do A. há uma nespereira enorme. O A. também gosta muito e todos anos insiste para eu comer. E é habitual eu torcer o nariz. Às vezes, se ele me descasca-se, lá acedia em comer 1 ou 2.
Não sei o que se passou este ano mas começou a apetecer-me comer as benditas nêsperas. Afinal, há tantas à disposição que é uma pena não aproveitar não é verdade? Sabem melhor acabadas de apanhar mas também tenho comido alguns dias depois de terem sido colhidas.
Não me reconheço. Fico a pensar se, quando digo que não gosto de alguma coisa, isso é mesmo verdade ou será só uma mania?!
Como já tenho dito, sou superdistraida. Ao que parece, este Verão tem havido uma proliferação destas tshirts
Só dei por isso nas redes sociais. Os humoristas têm feito umas quantas piadas sobre isso. Na verdade, eu acho que ainda não vi nem uma.
Será que sou eu que sou mesmo, mesmo distraída?
Será que as piadas são manifestamente exageradas?
Ou essa moda ainda não saiu de Lisboa? É que eu estou aqui na periferia, realmente.
É verdade que eu nunca liguei muito a esta marca e também nunca percebi qual é o interesse de se pagar (já que se compra a tshirt, imagino que não seja oferecida) para andar a fazer publicidade seja a que marca for.
O facto das pessoas andarem todas vestidas da mesma maneira nem me choca. É sempre possível ser original de alguma forma. E também não tenho moral para acusar ninguém que querer pertencer à manada. Afinal eu sou da turma dos ténis das 3 riscas brancas.