Pró menino e prá menina
Ontem, na farmácia, assisti a uma conversa familiar. Os pais tinham ido comprar antipiréticos porque o menino, de 2 ou 3 anos, estava adoentado. Enquanto esperavam pela vez, foram vendo os acessórios de puericultura que estavam num expositor. O menino estava mesmo muito prostado mas ia dizendo: "quero um copo com palhinha, quero um copo com palhinha." O único copo disponível era cor-de-rosa e o pai pergunta se era o único que tínhamos. Efectivamente, não havia outro e não quiseram comprar aquele.
No fim do atendimento, enquanto se dirigiam à saída, o menino continuava a repetir: "quero um copo com palhinha, quero um copo com palhinha." Qual não é a minha surpresa quando oiço a mãe responder: "aquele não é para ti, é cor-de-rosa, é para menina e tu és um menino".
A minha pergunta é só uma, porque é que se continua a propagar estas ideias e comportamentos? Qual é o problema em o menino beber água num copo cor-de-rosa? Não era já tempo de destruir estas ideias ultrapassadas.
Afinal aquele menino apenas queria um copo com palhinha.