Na semana que passou fomos brindados com alguns dias de chuva. Num desses dias, quando regressava do trabalho deparei-me com um magnífico arco-íris. Decidi que tinha que o fotografar. Tentei fazê-lo enquanto conduzia o que, para além de ser perigoso, não resultou muito bem. A dada altura, consegui encostar e captar este maravilhoso fenómeno da natureza.
Quando não se tem tema, fala-se do tempo, não é verdade? Sou só eu que acho que a meteorologia está esquizofrênica? Pensava eu que já podia deixar as roupas de Inverno e, afinal, o tempo frio volta hoje?! Já vi pessoas de alças, mangas curtas e sandálias e outras que ainda não largaram os sobretudos. Parece que estas últimas é que tinham razão. A chuva faz falta mas o frio era dispensável .
No tempo em que não havia internet nem aplicações para smartphone para sabermos se, no dia seguinte, ia chover ou fazer sol, era preciso esperar pelo fim do Telejornal para saber. E era este homem, Anthímio de Azevedo, que nos trazia essa preciosa informação. Com ele aprendemos o significado de altas pressões e baixas pressões ou porque é que o anti-ciclone dos Açores influencia a meteorologia no continente. Anthímio de Azevedo deixou-nos e a meteorologia nacional está de luto. Era um comunicador nato e tinha um estilo muito próprio. A previsão meteorológica tinha muito mais piada nessa altura do que agora. O nosso maior meteorologista deve estar, neste momento, a dar umas lições de física do clima ao São Pedro. Veremos se eles se entendem bem.