Não estamos seguros em lado nenhum
Uma das notícias que chocou toda a comunidade internacional foi a que deu conta dos atentados a 2 mesquitas da Nova Zelândia. Ao que já se conseguiu apurar o ataque foi levado a cabo por um australiano de extrema-direita e islamofóbico. A Nova Zelândia é considerado um dos países mais seguros do mundo apesar do número elevado de armas de fogo na posse de privados.
O atacante transmitiu o ataque em directo nas redes sociais. Aliás, segundo as suas palavras, foi na internet, e em ataques terroristas do Daesh como o de Estocolmo, que encontrou inspiração para desencadear esta tragédia.
A comunidade islâmica no país ainda é pequena mas tem vindo a aumentar. Pelo que se depreende das palavras da primeira-ministra Jacinta Arden, o Estado tenta que estas pessoas sejam bem acolhidas:
“Fomos escolhidos por não sermos nenhuma destas coisas, nem um santuário para os que odeiam e condenam o racismo, nem um enclave para o extremismo”, disse a primeira-ministra neozelandesa, Jacinta Arden. “Aparentemente representamos a diversidade, a gentileza, a compaixão, damos casa aos que partilham os nossos valores, refúgios aos que precisam”, disse Arden aos jornalistas. “E esses valores, asseguro-vos, não podem e não serão abalados por este atentado”, acrescentou.
No entanto, segundo a comunicação social, a maioria de neozelandezes que não vê com bons olhos a chegada de muçulmanos ao país
A primeira-ministra reuniu-se com representantes da comunidade islâmica para mostrar a solidariedade neste momento trágico. Esse gesto parece-me muito louvável mas acho que era desnecessário levar um véu como se vê nesta reportagem da Euronews
Quando fui a Marrocos, levei roupa que não fosse ofensiva incluindo echarpes que cobrissem algum decote mais pronunciado mas nunca tapei a cabeça. Tive estes cuidados porque estava num país estrangeiro e numa cultura diferente. Achei que era uma medida de segurança. Em São Petersburgo, também cobri a cabeça numa igreja ortodoxa mais uma vez para não ofender os fiéis de forma nenhuma. Agi pelos mesmos motivos, segurança e respeito pela cultura diferente, num país que não era o meu. Jacinta Arden está no seu país, é a primeira-ministra por isso deve estar acompanhada de seguranças, nem sequer está no interior da mesquita já que aparece numa sala perfeitamente normal. Qual é a necessidade de tapar a cabeça como uma muçulmana?! Quanto a mim, para mostrar apoio e acolhimento, bastava estar presente. O véu já me parece um certo exagero.