Candidato Guterres
Ontem António Guterres respondeu a uma série de perguntas na sede da ONU em Nova Iorque, no âmbito da sua candidatura a Secretário-Geral da ONU. Os candidatos são 8 e, desta vez, o processo será mais transparente do que é habitual (supostamente). Em príncipio, o antigo primeiro-ministro está bem colocado, e bem preparado, para estas funções devido ao reconhecido trabalho como Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados. Os comentadores que acompanharam a entrevista feita a António Guterres foram unânimes em afirmar que a sua prestação foi muito positiva. Penso que a maioria dos portugueses ficariam muito orgulhosos se Guterres fosse eleito. No entanto, parece que há quem defenda que já é tempo de o cargo ser atribuído a uma mulher e/ou a um candidato da Europa de Leste porque tal nunca aconteceu. Eu tenho sentimentos contraditórios em relação a esta questão da paridade. Sou obrigada a concordar quando se diz que já era tempo de ter uma mulher à frente da ONU mas o facto de ser mulher não pode nem deve ser o prncipal requisito. Não sei se as leis da paridade são benéficas para as mulheres porque, na minha opinião, deve-se ascender a este tipo de lugares por competência e não por género. Ninguém deve ser beneficiado ou prejudicado por ser homem ou mulher. Todos nós, homens ou mulheres, deveriamos lutar por um mundo mais equilibrado e justo onde conceitos como o da paridade se tornassem obsoletos e desnessários. Espero que os decisores escolham o candidato mais competente porque a intervenção das Nações Unidas é cada vez mais necessária. Que vença o melhor.