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O Voo da Garça

Sonhos, desejos, opiniões, instantes da vida diária...

O Voo da Garça

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30
Ago22

Marta Temido demitiu-se. E agora?

Charneca em flor

A madrugada trouxe a notícia da demissão da Ministra da Saúde, Marta Temido, por considerar que tinha deixado de ter condições para exercer o cargo.

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Ontem soube-se que do falecimento de uma grávida de 31 semanas por paragem cardiorrespiratória enquanto era transferida entre o Hospital de Santa Maria e o Hospital de São Francisco. A grávida estava em pré-eclampsia* grave, uma situação em que a mãe corre risco de vida, por isso era necessário fazer o parto e o bebé teria que ir para uma incubadora a qual não estava disponível no primeiro hospital. Depois da poeira das primeiras notícias assentar, percebeu-se que a situação clínica da grávida foi estabilizada antes de se começar o transporte e que foi seguido todo o protocolo para estes casos.

Desde o início do Verão que há notícias de urgências obstétricas, e não só, encerradas por as equipas não estarem completas. Houve situações em que grávidas foram transportados para hospitais a muitos kms de distância da área de residência. Também houve o falecimento de um bebé no Hospital das Caldas da Rainha por alegada falta de médicos para executar o parto. Imagino a ansiedade que estas notícias terão provocado nas grávidas e nas suas famílias.

O SNS tem problemas há muito tempo e a responsabilidade não será só destes últimos governos. O desinvestimento no SNS já é antigo mas, a verdade, é que os governos PS não cumpriram as promessas feitas nesta área, nomeadamente ao nível dos médicos de família.

Estranhamente o caso que despoletou a demissão foi uma fatalidade que nada teve a ver com o caos que se sente na saúde. Até acho que Marta Temido até era uma boa ministra tendo feito uma correcta gestão no início da pandemia. Imagino que terá sido difícil, ninguém estava preparado para aquela situação. Provavelmente, a ministra não deveria ter sido reconduzida neste actual governo uma vez que o relacionamento da ministra com as classes profissionais já estava muito deteriorado.

Não sei qual será a solução para o SNS. Das minhas aulas de Saúde Pública, sei que a Saúde Materno-Infantil é um dos principais parâmetros de avaliação de sucesso da Saúde Pública. Temo que Portugal não esteja muito bem a este nível, ultimamente. 

Ao que parece ainda vai demorar até termos um novo/a responsável pela pasta da Saúde devido à agenda do Primeiro-Ministro. Desculpa inadmissível, não vos parece?! Não seria caso de reorganizar a agenda?! Tenho para mim que António Costa não sabe o que fazer, quem convidar ou como convencer alguém, no seu perfeito juízo, a pegar nesta pasta escaldante.

 

*Pré-Eclampsia é uma situação clínica que ocorre na gravidez e que parece ocorrer devido a problemas no desenvolvimento e fixação dos vasos sanguíneos da placenta, levando a espasmos desses vasos, alterações na capacidade de coagulação do sangue e diminuição da circulação sanguínea. Os principais sintomas são a pressão arterial elevada, retenção de líquidos e proteinúria. Neste caso, a grávida também apresentava dificuldades respiratórias. Uma vez que esta situação constituí risco de vida para a grávida portanto é critério para antecipar o parto. Pelo que li, esta grávida é estrangeira e vivia há pouco tempo em Portugal não havendo registos de acompanhamento da gravidez. A pressão arterial elevada na gravidez pode ser controlada quando é detectada.

01
Fev22

Quase todos os votos contam...

Excepto os 671 mil votos que foram para o "lixo"

Charneca em flor

Eu sei que já passaram mais de 24 horas desde que se soube os resultados eleitorais das eleições legislativas mas este foi o tempo que levei a reagir a tudo o que se passou.

Há muito tempo que não se vivia uma noite eleitoral tão emocionante. Os resultados foram surpreendentes se tivermos em linha de conta as sondagens que povoaram os órgãos de comunicação nos últimos dias.

Nenhuma projecção previu a maioria absoluta conquistada pelo PS. Aliás, tudo indicava que o PSD vinha num percurso de crescimento ao longo das 2 semanas de campanha a ponto de o líder, Rui Rio, ter dito que António Costa tinha que perder com dignidade.

Embora se esperasse que a CDU e o Bloco de Esquerda perdessem deputados, não se esperava tão grande descalabro já que as ditas sondagens colocavam a CDU, o BE, a Iniciativa Liberal e o Chega em disputa pelo 3o lugar. Afinal, o Chega conquistou o 3o lugar conseguindo um grupo parlamentar de 12 deputados. Em relação ao PAN, ao CDS e ao Livre, as sondagens não andaram longe da realidade.

O que me deixou muito triste foi o facto de a CDU ter perdido 2 deputados que são elogiados por todos os quadrantes políticos. Refiro-me a António Filipe, pelo distrito de Santarém, e a João Oliveira, pelo distrito de Évora, que não foram eleitos. 

A grande ascensão do Chega deixou-me extremamente preocupada embora, devido à maioria absoluta do PS, isso não signifique grande influência na governação nos próximos 4 anos. Provavelmente o medo de que o PSD tivesse que contar com o Chega para governar pode ter empurrado os eleitores para o voto no PS. Esperemos que o facto de o Chega ter este grupo parlamentar contribua para que as pessoas que optaram por este sentido de voto percebam que este partido faz muito barulho mas tem poucas ideias para o país. No entanto, não me deixa nada sossegada saber que existem quase 400 mil portugueses que optaram pelo voto neste partido.

O aumento de deputados da Iniciativa Liberal também nos deve inquietar. Se se privatizasse tudo aquilo que a IL pretendia, será que a grande maioria dos portugueses teriam uma vida melhor?! Ou isso só traria vantagens para alguns?

Veremos o que é que António Costa faz com a carta branca que lhe puseram nas mãos. Acho que nem ele estava a contar com ela.

Resta-me festejar o facto de se ter registado uma maior participação já que a abstenção desceu.

E, já agora, deixo uma pergunta no ar:

- As empresas de sondagens servem para quê? Serão uma forma encapotada de campanha eleitoral? É que, pensando bem, os resultados influenciam directamente o comportamento dos eleitores, ou mobilizando-os para votar ou aumentando a abstenção consoante as projecções que forem sendo apresentadas.

P.S - O meu voto foi um dos que foi para o lixo já que o partido em que votei não conseguiu eleger nenhum deputado pelo meu distrito.

14
Jan22

Telenovela da pré-campanha

Charneca em flor

O início do mês de Janeiro marcou o início da pré-campanha eleitoral para as eleições legislativas antecipadas. O ponto forte tem sido os debates, ou como eu prefiro, os speed dates tal é a rapidez. 

Na semana passada ainda vi alguns mas esta semana não tenho tido oportunidade uma vez que chego tarde a casa. Tenho seguido estes episódios através das referências que fazem nas notícias e nos comentários que pululam pelas redes sociais.

Do que me têm sido dado observar, os debates parecem episódios de telenovelas. Há intriga, há drama, há discussão, há cenas de ciúmes sobre quem aprovou ou não aprovou propostas legais no parlamento, houve divórcios que provocaram as eleições antecipadas. Em suma, a política portuguesa parece um mau argumento de novela. 

Ontem, tivemos direito a um episódio especial, mais longo, o debate entre António Costa do PS e Rui Rio do PSD. Não me posso pronunciar pelo debate porque não o vi na totalidade mas vou só elencar algumas interrogações:

- Rui Rio quer resolver o problema da falta de médico de família para todos os portugueses mas acha que há funcionários públicos a mais. Em princípio, os médicos serão funcionários públicos portanto é provável um novo aumento dos funcionários públicos para resolver este problema.

- Não há ninguém que diga ao António Costa que não se diz "Há 6 anos atrás"?

- Porque é que os moderadores não têm um relógio a mostrar o seu tempo? É que alguns falam tanto ou mais tempo do que os candidatos.

- Enganaram-se no tom do corrector de olheiras do João Adelino Faria, não enganaram? É que ele estava com um  olhar muito estranho.

- Se nenhum dos dois quer acordos com o Chega! e se o André Ventura não estava presente, porque é que falaram no nome dele?

- Alguém decide o seu sentido de voto depois de ver um debate?

- Os partidos políticos são patrocinados pela Navigator?! É o que parece pela quantidade de papel que gastam em fotocópias.

Veremos o que nos reservam as cenas dos próximos capítulos e esperemos que esta novela tenha só uma temporada.

12
Mar21

Nova Conselheira de Estado

Charneca em flor

Depois de tomar posse no passado dia 9, o Presidente da República reconduziu 4 dos Conselheiros de Estadodos cinco que a ele cabe nomear. Um dos lugares encontrava-se vago desde o falecimento do intelectual/filósofo Eduardo Lourenço. Para o ocupar, o Presidente escolheu a escritora Lídia Jorge. 

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Imagem daqui

Considero uma excelente escolha mas continua a haver pouca representatividade da sociedade uma vez que só há 3 mulheres no Conselho de Estado. Para além da recém-nomeada, têm assento neste Conselho, a Provedora da Justiça, por inerência, e Leonor Beleza, também por nomeação do Presidente da República.

O Conselho de Ministro é o "Órgão consultivo de parecer obrigatório mas não vinculativo sobre algumas decisões do Presidente da República". Ou seja, as 19 pessoas que constituem o Conselho de Estado têm como função aconselhar o Presidente nalgumas das decisões que ele tem que tomar. A ideia é fornecer visões diversificadas sobre um determinado assunto. Sendo assim, como já disse, há um deficit de representatividade não só por as mulheres serem, apenas, 3 mas também porque seria interessante consultar várias gerações. Ora não há Conselheiros de idades mais jovens. O Conselheiro mais novo é o Presidente da Região Autónoma dos Açores, José Manuel Boieiro, que tem 55 anos e o mais velho é o antigo Presidente da República, General Ramalho Eanes.

Seja como fôr, é de louvar ter sido escolhida uma mulher, não só pelo seu género, mas também pelo seu talento literário mas também pelas suas qualidades intelectuais e pela sua intervenção cívica na sociedade sempre com o seu ar doce e sereno. Que seja uma excelente adição ao Conselho de Estado.

25
Jan21

Inacreditável mas previsível

Charneca em flor

Ontem só me consegui deitar quando já faltavam poucos concelhos para apurar. Estive à espera para ter a certeza que Ana Gomes ultrapassava André Ventura o que, de facto, aconteceu. No entanto, o 3o lugar daquele candidato não me deixa nada sossegada. Não consigo acreditar que quase 500 mil portugueses votaram em André Ventura. Dói-me verificar que, quer no concelho onde trabalho quer no concelho em que vivo, o candidato de extrema-direita ficou em 2o lugar. Como é que é possível que as pessoas não consigam ver o risco que se está a correr?! Eu percebo que as pessoas se sintam insatisfeitas com o estado do país, da Europa e do Mundo. Foi em épocas assim que estas teorias avançaram, no passado. Mas têm mesmo a certeza que querem viver num país comandado pelos princípios do Chega?

Larguem as redes sociais e leiam livros de história, procurem informação em fontes fidedignas, percebam o mundo onde vivem e como é que chegámos a este ponto. E percebam quais são os meios de comunicação social verdadeiramente independentes porque a Comunicação Social também deve assumir a sua quota-parte de responsabilidade no surgimento deste tipo de forças. Ponham a mão na consciência e descubram qual é o caminho que querem trilhar.

05
Jan21

Há cultura de esquerda e de direita?!

Charneca em flor

Nunca tinha acompanhado o programa de talento vocal da RTP1, The Voice Portugal. Por vezes via alguns momentos durante a hora de almoço porque tenho colegas que costumavam assistir.

No passado domingo terminou a última edição e eu vi quase todos os programas. O vencedor, Luís Trigacheiro, chamou-me logo a atenção na Prova Cega quando cantou, com emoção, a música "As Mondadeiras". Ao longo das semanas, foi sempre um dos meus favoritos embora reconheça que ficaram pelo caminho excelentes vozes. Como é óbvio, fiquei muito contente pelo jovem alentejano ter vencido.

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Luís Trigacheiro e Marisa Liz, a sua mentora

 

Logicamente, não se pode agradar a toda a gente e o sistema de escolher o vencedor por votação telefónica pode ser injusto. É possível que ganhe o concorrente mais popular, ou que consiga mobilizar mais pessoas, e que a melhor voz seja derrotada.

É compreensível que os fãs dos outros concorrentes reajam mal à derrota do seu ídolo. Vi comentários muito desagradáveis nas redes sociais. Mas o que me incomodou mais foi ter lido que Luís Trigacheiro é simpatizante do partido "Chega" e que era inadmissível que um fascista ganhasse a competição.

Não faço ideia de quais são as opiniões políticas deste rapaz mas também não tenho a certeza que isso importe. Não acompanho essa suposta simpatia por tal partido, antes pelo contrário, mas isso em nada influencia o meu gosto musical.

Aqui há tempos também houve um grande alarido porque Samuel Úria ter sido um dos signatários de uma carta aberta da Direita Portuguesa contra o mesmo partido. Nessa altura deu-se mais importância ao facto do músico ser de Direita do que ao conteúdo da carta.

Será que temos que elaborar as nossas preferências culturais consoante a postura política dos agentes culturais? Se um músico, um escritor ou um actor for de direita ou de esquerda, isso determina se tem mais ou menos talento? E isso influencia o nosso gosto pessoal?

Já pensaram sobre isto?!

 

09
Set20

Ana Gomes a Presidente

Charneca em flor

Ana Gomes confirmou, ontem, que será candidata à Presidência da República. O anúncio oficial será amanhã. Há muito que se especulava sobre esta possibilidade.

Ana Gomes licenciou-se em Direito mas no fim da licenciatura enveredou pela carreira diplomática onde permaneceu durante alguns anos. Das funções que desempenhou, destacou-se como consultora presidencial para a diplomacia do Presidente Ramalho Eanes aos 28 anos e embaixadora de Portugal em Jacarta. E foi aí que deu nas vistas. Abraçou a causa timorense e não descansou enquanto não colocou Timor Leste no centro da diplomacia internacional.

Depois de Jacarta, abandonou a carreira diplomática e enveredou pela política. Filiada no PS, é, desde a primeira hora, uma voz incómoda. Chegou ao Parlamento Europeu em 2004 onde continuou a ser uma mulher de causas. Como eurodeputada, participou em missões em locais como a Etiópia, Iraque, Kosovo, Bósnia Herzegovina, Síria ou República Democrática do Congo. Na Etiópia é considerada uma heroína pelo contributo que deu à luta pela liberdade do povo etíope 

Nas últimas eleições para o Parlamento Europeu, já não foi candidata e pediu escusa do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Se já antes dizia tudo o que pensava, agora é que ninguém a pára. A principal causa que a move, actualmente, é o combate à corrupção sendo uma das maiores defensoras de Rui Pinto.

Ana Gomes não olha a cores políticas quando escolhe os alvos das suas batalhas e dispara em todas as direcções empenhada na luta pela integridade e pela transparência. 

Com o percurso que precede esta candidatura, Ana Gomes tornará a campanha presidencial muito mais interessante. Os debates serão renhidos. André Ventura já se aproveitou do anúncio da candidatura da Ana Gomes para dar que falar. 

Por muito que eu gostasse de ver uma mulher como presidente, não acredito que seja desta. Embora ainda não o tenha anunciado, Marcelo irá, com toda a certeza, recandidatar-se e tudo indica que será reeleito. Mas nenhuma eleição está ganha à partida. Acredito que Ana Gomes vai travar este combate com toda a sua coragem e resiliência. E se tiver um bom resultado talvez se volte a candidatar daqui a 5 anos. Quem sabe?!

 

 

19
Fev20

Grande oportunidade para estar calado

Charneca em flor

Ontem o Secretário de Estado Adjunto e das Comunicações dizia, no Jornal Expresso e a propósito do Aeroporto do Montijo, esta alarvidade:

"Em relação às questões ambientais, surgem à cabeça as rotas migratórias de milhares pássaros. Face às críticas de “estrénuos protectores das espécies, de matriz radical e insensata”, defende que “os pássaros não são estúpidos e é provável que se adaptem”.

“E este postulado arriscado é tão cientificamente sólido como o seu contrário: o de que eles não vão encontrar outras rotas migratórias, outras paragens estalajadeiras, como no Mouchão. Ciência sem dados comprovados não é ciência”, concretiza."

Digam lá se não foi uma excelente oportunidade para estar calado?

Obviamente que qualquer localização teria impactos ambientais e que um novo aeroporto é essencial para a nossa economia uma vez que o turismo é uma importantíssima fonte de receita. 

Agora será que se escolheu a localização com menor impacto ambiental, com menor impacto nas pessoas ou a localização mais barata?

Pensemos nisso.

28
Nov19

Guerra aberta

Ser Livre não é cada um fazer o que quer.

Charneca em flor

A recente polémica que envolve o partido Livre e a deputada Joacine Katar Moreira deixa-me muito desiludida. Para começo de conversa, devo dizer que não votei no Livre até porque o meu voto de nada adiantaria, voto num distrito onde não se elegem muitos deputados. No entanto, fiquei contente pela chegada do Livre ao Parlamento. Considero que é um partido que pode contribuir para a construção de um país mais justo, inclusivo e solidário. A deputada eleita também me despertou simpatia como ficou aqui explícito. Achei abjectos os ataques de que ela foi alvo no que diz respeito às suas origens e à sua gaguez. A sua história de vida mostra que ela foi uma mulher lutadora que venceu as circunstâncias da vida em que nasceu e cresceu.

No entanto, as suas atitudes recentes já não abonam muito a seu favor. Independentemente de ser negra, mulher e gaga, isso não lhe dá o direito à atitude de sobranceria que tem tido com o Parlamento, com os jornalistas, com o Partido Livre e com os eleitores que a elegeram. Na Assembleia da República ela representa o partido e não só a si própria. Tem que agir, minimamente, de acordo com os princípios defendidos pelo partido a que ela escolheu aderir. Julgava-a mais inteligente do que isto. Começo a achar que talvez gagueje um bocadinho quando pensa, afinal.

Por outro lado, o Livre também não fica bem na fotografia. Nunca deveriam ter começado com a "guerra de comunicados" do passado fim-de-semana.  Srs, a roupa suja lava-se em casa. Não façam do espaço público uma qualquer lavandaria self-service. Resolvam os vossos problemas nos órgãos próprios do partido e talvez seja melhor reverem a vossa maneira de escolher candidatos. Se calhar, não é boa ideia serem assim tão Livres.

Não tenho dúvidas que a chegada do Livre ao Parlamento se deve muito à cabeça de lista que escolheram para Lisboa e à projecção que ela teve durante a campanha eleitoral. Por outro lado, ela não podia chegar ao Parlamento sem ser integrada nas listas de um partido. Ou seja, Joacine serviu-se do Livre e o Livre serviu-se da Joacine. É muito má ideia estarem, agora, a descartarem-se mutuamente.

E por último, uma palavra à comunicação social, menos é mais. Deixem de dar tanta cobertura aquilo que fazem estes pequenos partidos. Eles são importantes para que o nosso país seja verdadeiramente democrático mas não têm tanto poder no nosso futuro como os partidos com maior representação. Esse sim, decidem a nossa vida. 

20
Out19

Espanhol ou catalão?

Charneca em flor

Não sei quem tem razão e até acho que, a acontecer a independência da Catalunha, não será bom para nenhum dos lados (salvaguardando as devidas distâncias é mais ou menos como o Brexit, será mau para o Reino Unido e para a União Europeia). O que eu não acho correcto nem justificável é partir para a violência. As cenas que nos chegam de Barcelona não deviam acontecer. A meu ver, mesmo que os catalães tenham razões válidas para estes protestos, com estas atitudes perdem toda a razão. Fico chocada pelo estado em que estas pessoas estão a deixar uma das mais belas cidades da península ibérica. Até se pode duvidar das verdadeiras intenções destes instigadores. Será que lutam mesmo por uma solução para a questão catalã e pela liberdade dos líderes presos? Ou será que só querem alimentar-se da violência sem fim?

 

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