Eu tento, a cada dia, ser uma melhor pessoa em vários aspectos. No que diz respeito ao racismo, por exemplo, sei que ainda falta muito para ser perfeita mas vou fazendo um esforço para que as atitudes racistas não façam do meu dia-a-dia ou do mundo que me rodeia. No entanto, acho que, às vezes, o politicamente correcto chega ao exagero.
Esta manhã participei num desafio no Instagram de uma conhecida marca de gelados. Consistia em escolher um gelado mais antigo para voltar a ser comercializado. Das várias hipóteses, eu escolhi um gelado de chocolate e a ideia era comentar com um emoji, este 🍫. Qual não é a minha surpresa quando o Instagram me questiona, 2x, se eu tinha a certeza de que queria publicar aquele comentário porque aquele emoji podia ter uma conotação racista. Como?! Racista?! Srs. do Instagram, Facebook ou Meta, é, apenas, um chocolate!!!
No Natal recebi o livro "Um bolo por Semana" da Rita Nascimento, La Dolce Rita. Já a sigo há algum tempo* e, regra geral, as suas receitas saem sempre bem. Desde que eu não esteja num dia de grande azelhice. Sendo assim tenho feito um bolo quase todas as semanas (menos nos dias em que tive Covid-19. Invariavelmente, os bolos vão parar à minha página. E costumam ter muitos .
Bolo de iogurte grego
Ficou bonito, não foi? Está muito saboroso embora tenha ficado um pouco seco por fora mas isso já é "culpa" do meu forno que tem esse defeito.
*Sigam La Dolce Rita no Instagram e no Youtube. É muito saboroso .
Esta semana continuou a ser fraca em imagens. O tempo não tem sobrado. Assim a foto desta semana é esta malva. Foi publicada, no Instagram, no domingo, em conjunto com a sua "irmã" cor de rosa. Quando sinto o aroma destas flores sou transportada para a minha infância e para os dias de férias passados na casa da minha avó. Ali haviam 3 ou 4 vasos enormes com malvas. Que saudades.
Eu, na verdade, já não me devia espantar com as polémicas que, de quando em vez, incendeiam as redes sociais. No entanto, as preocupações de quem entra nesses linchamentos virtuais são sempre surpreendentes. Refiro-me à polémica que envolve Judite de Sousa e uma fotografia que publicou no seu Instagram por ocasião do lançamento do seu livro "Político esfaqueado ou é morto ou é eleito" sobre a experiência que a jornalista viveu no Brasil enquanto acompanhava a segunda volta das eleições que deram a vitória a Jair Bolsonaro.
A jornalista é muito activa no Instagram e publicou várias imagens de pessoas que estiveram no referido lançamento. Na imagem da polémica, entretanto retirada, Judite de Sousa aparece com 3 mulheres e a legenda dizia "A minha família no lançamento do meu livro: mãe, irmã e a senhora cá de casa" sendo que "a senhora cá de casa" é uma senhora negra que se presume que seja a empregada doméstica de Judite de Sousa. Caiu o Carmo e a Trindade como é habitual. Ninguém reparou que a jornalista tem consideração suficiente pela senhora para a considerar parte da família e para a convidar para o lançamento do livro. Só repararam que se referiu a ela como "a senhora cá de casa". Há quem veja uma referência colonialista ou esclavagista naquela formulação. Não sei como é que os indignados fariam a legenda. Talvez " mãe, irmã e a Joaquina, a minha empregada"?! Tenham juízo. Preocupem-se com outras coisas.
Eu fiquei mais chocada por ter visto a imagem no Twitter do Pedro Marques Lopes que eu considerava uma pessoa inteligente o suficiente para não entrar nestas ondas. E também acho inadmissível que os jornais dêem cobertura a estas parvoíces.
Já agora, para mim, o que acho polémico é a utilização da imagem do Jair Bolsonaro na capa do livro. Essa personagem já aparece vezes suficientes na comunicação social.
P.S. - Embora a imagem tenha sido retirada, alguém fez captura de ecrã e por isso a imagem existe e é possível vê-la. Eu não a publiquei por respeito à Judite de Sousa que optou por retirar a imagem da polémica. Eu manteria a imagem mas compreendo a atitude dela. Coitada da pobre "senhora cá de casa". Já deve andar a ser perseguida pela CMTV.
Nos últimos meses, têm-se intensificado as críticas negativas às redes sociais. E é verdade que as redes sociais têm muitas coisas negativas mas continuam a ter vantagens. Tenho para mim que, se forem bem utilizadas e com os devidos cuidados, podem ser uma ferramenta importante em vários aspectos da nossa vida.
A difusão das redes sociais tem contribuído para um contacto mais democrático com pessoas a quem, de outro modo, não conseguiríamos chegar. Há muitos artistas, músicos, escritores que são muito activos neste meio e alimentam o Facebook, o Instagram ou o Twitter com frequência. Isso dá uma sensação de proximidade em relação aos nossos ídolos. Já tenho enviado mensagens a várias dessas pessoas que admiro para desejar felicidades, para comentar algo que escreveram ou mesmo para agradecer a felicidade que as suas músicas ou os seus livros me proporcionam. E não é que alguns têm a amabilidade de me responder?! Até pode ser que tenham assistentes que respondam por eles mas não deixa de ser um gesto simpático. Há 20 anos nada disto era possível. Sim, os artistas também recebiam cartas de fãs mas não era bem a mesma coisa. É ou não é uma democratização da comunicação?!
Durante esta semana ficou a saber-se que o Facebook tinha censurado uma foto de uma pequena estatueta com mais de 25 mil anos, a Venus de Willendorf. Consideraram conteúdo pornográfico. Fiquei muito preocupada com a minha preparação académica. É que tenho ideia de ver esta mesma imagem no meu livro de História do 7º ou 8ºano. Será que nos anos 80, os livros escolares divulgavam imagens pornográficas?!
(espero que o não me retire a imagem)
Ao que parece, já vieram assumir o erro mas demoraram mais de 2 meses. Já não é a primeira vez que acontecem este tipo de episódios com produções artísticas.
Dava jeito era bloquearem aquelas publicações lamechas com frases feitas e imagens do pôr-do-sol, autêntica poluição visual.
As redes sociais, ou melhor, as pessoas que as gerem estão empenhadas em formatar o nosso pensamento e o nosso conhecimento. Actualmente, no feed de notícias dão primazia às publicações dos nossos amigos e familiares. Tudo bem, tenho muito gosto em saber o que acontece com eles mas se eu sigo, voluntariamente, páginas informativas porque também quero saber o que acontece no resto do mundo, qual é a justificação para isso desaparecer do meu feed?
É por estas e por outras que o Facebook é cada vez menos a minha praia.
Nos últimos dias, há uma nova polémica nas redes sociais envolvendo a Carolina Deslandes e a Maya. Tudo começou com este post em que Carolina Deslandes se mostra sem filtros, 1 mês depois de ter sido pela segunda vez e tendo em conta que teve 2 filhos em menos de 1 ano. Obviamente que o corpo se ressentiu. A Maya teve este brilhante comentário. A polémica continuou já que a Carolina respondeu através de uma publicação no seu Facebook ao qual a Maya também já reagiu.
Faço aqui uma declaração de interesses. Nunca fui fã da Carolina Deslandes nem conheço bem o seu trabalho. No entanto admiro a sua coragem ao mostrar-se tal como está. Se a Maya tivesse lido o post que acompanha a imagem talvez percebesse o alcance da mensagem que ela queria transmitir. É normal e natural que a barriga da Carolina Deslandes esteja assim tendo em conta que fez 2 cesarianas com muito pouco tempo de diferença. O que não é normal é sair da maternidade directo para o ginásio ou para uma clínica de recuperação tendo em conta que se tem 2 bebés em casa. Algumas famosas da nossa praça (ou das praças estrangeiras) ao fim de 2 semanas depois do parto parecem que nunca estiveram grávidas. Isso é que não é normal e quando uma mulher anónima não consegue alcançar estes resultados sente a última das mulheres.
Parece impossível que uma mulher que até já foi mãe diga que não é normal ter uma barriga daquelas 1 mês depois de ter sido mãe. E fotografias da Maya na mesma situação? Pois...
O que o que a jovem cantora quis mostrar é que não é bom esconder o corpo ou que as alterações do corpo devam ser mais um motivo para as mulheres se sentirem diminuídas ou deprimidas numa fase da vida já de si complicada a nível emocional. A jovem mãe termina dizendo "E agora, passinho a passinho vamos lá trabalhar para voltar à forma". Para mim está tudo dito.