A imagem mais fofinha do Jubileu da Rainha em Junho de 2022
O acontecimento incontornável desta semana é o falecimento da Rainha Isabel II. Mesmo vivendo num país republicano e não sendo especial adepta da Monarquia, é impossível ficar indiferente a esta notícia.
Provavelmente devido aos contos infantis, sempre achei piada em acompanhar as notícias sobre as várias casas reais, com a inglesa à cabeça, nas revistas. E tendo crescido nos anos 80, é impossível não ser fã da Princesa Diana. Tinha 7 anos mas lembro-me bem da transmissão do casamento de Carlos e Diana e, nessa altura, sonhava casar com um vestido com mangas de balão, Na verdade, ler as notícias sobre as casas reais é, quase, como ler um romance cor-de-rosa, não é verdade?
Nunca se soube quais eram as opiniões de Isabel II sobre os vários assuntos da actualidade embora os primeiros-ministros britânicos se reunissem com ela semanalmente para se aconselharam. No entanto, o teor dessas reuniões não era divulgado oficialmente, nem sequer de forma não oficiosa.
Mesmo que fosse uma figura decorativa na organização do estado Britânico, Isabel II não deixa de ser uma figura marcante do séc. XX e do início do séc. XXI. Afinal, foi chefe de Estado durante 70 anos e, não esquecendo que não nasceu com este destino, é um exemplo de dedicação a uma função. Isabel II foi mais popular nalguns momentos e menos popular noutros mas nenhum cidadão britânico lhe ficava indiferente. E o mesmo acontecia com a grande maioria dos cidadãos do mundo.
Tenho dúvidas se a Monarquia Inglesa sobrevive ao Rei Carlos III bem como à sua Rainha Consorte Camilla. Confesso que, tendo em conta os vários escândalos que os envolveram nos anos 80/90, que me custa muito vê-los neste papel. Diana deve estar a dar muitas voltas no túmulo.
Em Maio de 2018 escrevi sobre o casamento de Harry e Meghan e comentei que a ex-actriz seria uma lufada de ar fresco na Coroa Britânica. No entanto, ao longo destes quase 2 anos e, principalmente nos últimos dias, Meghan Markle mais parece um vendaval. Como eu dizia nesse dia, continuo a acreditar em contos de fadas (já não tenho idade para isso, eu sei) e o facto de o casal ter declarado a intenção de deixar de ser Membros Sénior da Família Real provoca alguns estilhaços nesse conto. Para além disso, e segundo se consta, o assunto não foi discutido com a Casa Real antes de ter sido tornado público o que me parece uma grande falta de respeito. Obviamente que eles têm todo o direito de querer mudar de vida mas deviam ter pensado nisso antes de gastarem uma quantidade pornográfica de dinheiro no casamento e na renovação da casa onde residiram até agora.
Imagino que os contribuintes ingleses não devam estar muito satisfeitos com a situação. De modo a retribuirem as libras investidas neles, o minimo que podiam fazer era continuar a representar a Casa Real. É verdade que eles se disponibilizam a continuar a apoiar a Rainha mas, se forem viver para fora, esse apoio será cada vez menor.
Achei graça à intenção de se tornarem "financeiramente independentes". Custa muito a acreditar que deixem de receber qualquer valor da Coroa Britânica. Irão trabalhar em quê?! É que se forem criar uma empresa ou dar palestras, como se tem especulado, tudo aquilo que ganharem não vai depender só das suas qualidades pessoais mas, sobretudo, ganharão dinheiro por serem quem são. Não me parece grande independência.
A Rainha tem uma grande capacidade de resistência mesmo com a idade que tem. Afinal a família só lhe dá desgostos.
Na Grã-Bretanha, o dia a seguir ao Natal, o chamado Boxing Day, é muito movimentado. E verifiquei isso mesmo em 2015. A primeira cidade que visitei nesse ano foi Liverpool. Havia muita gente no centro porque a maioria das lojas estavam abertas já que as pessoas aproveitam esse dia para ir trocar os presentes quando é necessário. Mas a actividade em família por excelência é ir ao futebol. Vimos muitas famílias a encaminharem-se para o estádio do Liverpool e o barulho que vinha lá de dentro era impressionante.
Para descobrirem mais sobre esta viagem podem visitar este post.