Horário de Inverno
Ontem acertámos os relógios para a hora de Inverno. E, ao que parece, levamos, pelo menos, 2 dias a adaptarmos ao novo horário. Algumas pessoas acham um pouco deprimente, principalmente ao fim da tarde porque dá ideia que escurece mais cedo. Eu incluo-me nesse grupo. Sabe bem sair com mais luz, de manhã, mas à tarde é muito deprimente. E ainda por cima esta semana estou a sair às 20h o que já é aborrecido. Ouvi, penso que foi na TSF, que o que se sente na mudança horária é como o jet lag. Normalmente não me faz diferença viajar para países com diferença de uma hora. Agora se a diferença for mais acentuada já me afecta. Talvez a diferença de 2 horas na última viagem que fiz tenha sido um dos factores que contribuiu para a enxaqueca épica que tive. Em 2009 fui aos EUA no Verão. Lá eram menos 5 horas e foi muito complicado. Eram 20h e eu estava de rastos. O A. estava muito entusiasmado e não pensava ir para o hotel. Na manhã seguinte acordei cheia de fome precisamente 5 horas antes de começar o pequeno-almoço. E com isso tudo, tive uma crise de esofagite de refluxo. Por isso e pelo café americano mas isso já é outra história.
Toda esta conversa faz-me lembrar o Prémio Nobel da Medicina atribuído há umas semanas a 3 investigadores que se têm dedicado ao estudo dos processos moleculares que regulam o nosso relógio biológico. Sim, existe mesmo um relógio biológico que readapta o funcionamento do nosso organismo às várias fases do dia e afecta o nosso equilíbrio hormonal, o metabolismo, o desencadear e a qualidade do nosso sono. O relógio biológico pode influenciar a absorção dos medicamentos ou o risco de desencadear algumas doenças.
Ou seja, a influência dos horários de Inverno ou de Verão é mesmo importante.