Barcelona e outros caminhos
Tudo o que é que bom, acaba depressa. Já estou de volta ao activo. O cansaço do corpo vai-se recuperando e a alma vem cheia. Tenho tanto para contar mas há coisas que não se conseguem transmitir por palavras nem pelas fotos por melhores que elas sejam. Só vivendo, sentindo a atmosfera. Como se pode transmitir a imensidade da obra de Gaudí? Como se pode explicar como me senti pequenina perante o tamanho do génio? Barcelona é mesmo uma cidade impressionante.
Parque Guell
Sotão da Casa Milá, onde é nitída a semelhante com os esqueletos dos animais. A natureza foi a principal inspiração de Antoni Gaudí
Um dos alçados da Sagrada Família. As esculturas parecem escavadas na rocha
Barcelona parece uma cidade muito animada mas, como qualquer cidade turistíca, fico sempre a achar que essa animação não é devida aos habitantes locais mas sim aos turistas.
Felizmente fiquei alojada fora do centro e deparei-me com uma festa de Carnaval. Aí sim acredito que consegui ver a verdadeira animação catalã.
Depois de Barcelona rumei aos Pirinéus em busca de neve. Ficámos numa pequena vila catalã onde quase que não se conseguia jantar. Como era domingo, alguns restaurantes estavam fechados. Acabámos por ir a uma cervejaria mas não foi nada fácil escolher. Na Catalunha fala-se catalão que tem algumas diferenças do castelhano (ou espanhol). Quase que não nos entendiamos com a empregada já que ela não falava inglês. Em Portugal quase toda a gente dá uns toques de inglês. Como bons portugueses lá nos desenrascamos. Comemos pintxos
No dia seguinte, partimos em busca de neve e lá a conseguimos encontrar
A sentir a temperatura
O A.pretendia voltar a tentar esquiar e conseguiu com êxito. Qualquer dia está "pro".
A terceira noite foi passada na bela cidade de Carcassonne onde existe um dos monumentos mais visitados de França, a Cité (cidadela) de Carcassonne. Muito bonita.
Depois desta visita, e a caminho da última noite, fomos descobrir a aldeia mediaval de Minerve localizada num local tão belo como assustador, Gorges du Brian
O caminho até lá é muito bonito pelo campo francês. Há fotografias que ficam só na memória. Tanto Minerve como Roquebrun, a aldeia onde pernoitei, pertencem à região vinicola de Languedoc-Roussillon por isso vimos vinhas a perder de vista. Tinham um aspecto encantador uma vez que as plantas ainda são pequenas, como é habitual nesta altura do ano, e estavam rodeadas de flores silvestres.
Roquebrun também uma bonita aldeia francesa. Infelizmente o tempo não estava muito agradável. Ficámos hospedados na La vie en rose, gerida por uma simpática senhora sueca que nos fez sentir em casa. Aliás ela vive no 1° andar e tem quartos no 2°piso, onde dormimos, e no rés-do-chão. Quando cheguei fiquei assustada com o aspecto exterior da casa mas quando se entra é uma surpresa. Correndo o risco de me repetir, encantadora.
No último dia ainda houve tempo para descobrir esta praia, Collioure
Ao fim da tarde do dia 1 estava de volta a Barcelona já que a viagem de volta estava marcada para a madrugada de ontem. Uma das principais atracções de Barcelona, Las Ramblas, tinha ficado por ver. Aqui aconteceu a única peripécia da viagem, que até foi muito tranquila. Levámos muito tempo para estacionar, demos voltas e voltas e parecia tarefa impossível e muito stressante. Quando conseguimos já tinha anoitecido. Era tão longe que quando chegámos ao Mercado de la Boqueria já estava a fechar. Fiquei muito desiludida porque adoro mercados.
Seja como for, o cômputo geral foi muito positivo. Agora é planear o próximo destino porque viajar está a transformar-se num verdadeiro vício.