De táxi ou de uber?!
No momento em que escrevo ainda não se sabe que resultado terá a manifestação de taxistas marcada para hoje. São esperados 6000 taxistas de o país que se vão concentrar pelas 7 h da manhã no Parque das Nações. Daí seguirão para a Assembleia da República. A polícia pretende que os táxis fiquem estacionados na Avenida 24 de Julho de modo a não levarem os automóveis para São Bento. O interessante é que a dita avenida está em obras. Será que cabem lá 6000 veículos? E será que todos acatarão as ordens policiais? Basicamente, será o caos em Lisboa.
Não vou tomar partidos. Nunca usei a Uber e já não ando de táxi há muito tempo. Na minha opinião, é melhor haver legislação, mesmo que não seja a ideal, do que não haver legislação nenhuma. Seria melhor que a lei proporcionasse as mesmas oportunidades a ambos os negócios mas já se sabe que nem sempre é assim. Ninguém gosta de concorrência mas temos que a aceitar. A concorrência existe em todas as áreas e, regra geral, é benéfica para o consumidor. Por exemplo, na minha área aqui há uns anos também sofremos com a entrada de outros "players" quando apareceram as parafarmácias e, pior ainda, quando começaram a poder comercializar medicamentos não sujeitos a receita médica. E o que é que fizemos? Desatámos à pedrada às parafarmácias? Insultamos ou agredimos as pessoas que lá trabalham? Nada disso. Tivemos que nos adaptar. Adequamos os preços à nova realidade, esforçamo-nos por prestar o melhor serviço possível e lá vamos seguindo em frente. O caminho nem sempre é fácil mas a violência nunca é a resposta. E algumas das atitudes dos taxistas têm sido muito violentas. Quanto a mim seria muito mais proveitoso utilizarem tanta energia para se reinventarem, para prestar um melhor serviço e mais eficiente aos clientes. A concorrência não vai desaparecer, se não forem estes serão outros. Tal como na natureza, aquele que tiver maior capacidade de adaptação é que vai sobreviver.