Caso Tancos ainda dá que falar
Esperemos que o país não entre em guerra porque, se entrasse, estávamos feitos. Completamente feitos ao bife. As nossas forças armadas estão uma verdadeira balbúrdia. Senão vejamos:
- Primeiro desaparece armamento que estava guardado numa base militar
- Meses depois, o material reaparece a poucos quilómetros do sítio de onde desapareceram. E com bónus. A devolução vem com 1 embalagem de munições a mais o que, obviamente, levantou inúmeras suspeitas.
- A PJ leva 1 ano a investigar, não só o roubo mas também a devolução.
- No âmbito desta investigação são detidos vários militares entre eles o Director da Polícia Judiciária Militar (PJM) bem como os investigadores daquela polícia, envolvidos no caso.
- A devolução foi combinada entre a GNR de Loulé, onde o assaltante tinha um amigo, e a PJM com vista a encobrir o assaltante e a deixar a PJM receber os louros por esta investigação. Uma das principais razões para a PJM se envolver nesta farsa foi "passar a perna" à Polícia Judiciária. Ou seja, o país é ridicularizado por conflitos entre polícias. Aliás não percebo a necessidade de haver Polícia Judiciária Militar. Os crimes praticados por militares serão assim tão diferentes dos crimes praticados por civis?!
- Tudo indica que o assaltante é um ex-militar. Também se levantou suspeitas de que o assaltante teria tido cúmplices dentro da instituição militar mas essa suspeita ainda não foi confirmada.
- Quando ainda decorria os interrogatórios a estes detidos há outro problema, desta vez na Marinha. Durante o transporte até à Escola de Fuzileiros, uma caixa com mil munições cai do veículo de transporte para a via pública e é encontrada por um popular que a leva até à esquadra mais próxima. O incidente está a ser investigado. Este tipo de material não devia ter um acondicionamento mais adequado?!
As nossas Forças Armadas ficam muito mal na fotografia. É preciso repensar estas instituições. Como vamos confiar nas nossas Forças Armadas?!