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O Voo da Garça

Sonhos, desejos, opiniões, instantes da vida diária...

O Voo da Garça

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25
Ago21

A nova silly season

Charneca em flor

Antigamente chamava-se silly season a este período estival, nomeadamente ao mês de Agosto, porque o país parava. Os políticos iam a banhos. As empresas não trabalhavam. Os meios de comunicação não traziam grandes novidades, as reportagens eram sobre praia, calor na praia, pessoas na praia ou num ano mau, incêndios. No entretenimento televisivo apostava-se em repetições ou formatos veranis como "Morangos com Açúcar na praia". 

Embora nos últimos anos, as coisas tenham vindo a mudar e o país já não pára completamente e, de certa maneira, a silly season estende-se por todo o ano. O advento da internet e das redes sociais fazem com que, de vez em quando, haja algumas idiotices a dar que falar.

Uma das últimas foi a "típica bifana" de Gordon Ramsey. Já muito foi dito mas para mim o único erro do chef britânico foi chamar típica à sanduíche que executou  no seu programa. Até achei que tinha muito bom aspecto e não me importava de experimentar.

 

A polémica estalou nas redes sociais e estendeu-se aos meios de comunicação social através de reportagens às tascas para mostrar o que é uma verdadeira bifana. 

Só não vi se alguém explicou o verdadeiro segredo da boa bifana que o surgimento da ASAE veio colocar em perigo. O segredo é nunca lavar a frigideira. Há tascas onde a frigideira não é lavada há várias gerações. Só isso é que dá o verdadeiro e típico sabor à nossa bifana portuguesa .

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19
Abr21

The Voice Kids...terminou.

Charneca em flor

Ontem terminou o The Voice Kids com a vitória do jovem Simão Oliveira. Este adolescente chamou a atenção desde o início pelo seu estilo tão diferente de um adolescente típico. A boina é a sua imagem de marca e o fado o seu estilo musical preferido. Embora se trate de uma criança, a internet está cheia de comentários desagradáveis acerca deste vencedor. Infelizmente.

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Simão Oliveira e o seu mentor Fernando Daniel 

Só comecei a acompanhar este formato televisivo desde a última edição de adultos a qual foi conquistada pelo jovem alentejano Luís Trigacheiro. Na altura também li alguns comentários menos bons sobre ele o que me inspirou a escrever este post. Há poucos dias, Luís Trigacheiro lançou o seu primeiro single com uma  música inédita que partilho hoje no meu outro blogue, Livros de Cabeceira e outras histórias. Ontem o músico também apresentou esta música na final do programa

Continuo a achar que há demasiados programas de talentos mas há que reconhecer que dão bons momentos televisivos. Não deixa de ser uma excelente montra que pode servir de trampolim para uma carreira se os artistas continuarem a trabalhar e se tiverem, também, alguma sorte. Por exemplo, Bárbara Tinoco nem sequer passou das Provas Cegas (a primeira fase do programa) e, hoje, a sua carreira como cantautora está em plena ascensão. E não faltam exemplos de músicos que passaram por vários programas de talento e conseguiram construir uma carreira, mais tarde ou mais cedo, como sejam Sara Tavares, João Pedro Pais, Carolina Deslandes ou Fernando Daniel. Aliás, este último é a primeira pessoa a ganhar o The Voice como participante e como mentor do The Voice Kids.

Na final do The Voice Kids, a minha concorrente preferida era a Aurora, uma miúda também com um estilo alternativo mas em sentido diferente do vencedor. Também gostava muito da Rosa que chegou à semi-final mas toda a edição do The Voice Kids foi recheada de crianças e adolescentes com muito talento e com uma grande intuição musical. Se a música fará parte das suas vidas, o futuro dirá.

16
Mar21

The Voice Kids

Crianças como entretenimento

Charneca em flor

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Os mentores do The Voice Kids

 

Não tenho grande hábito de ver programas de talentos. Tenho algumas colegas que costumam acompanhar o The Voice e vêem o programa à hora de almoço. Assim acompanhei os últimos episódios da edição da penúltima temporada de adultos e toda a última temporada. Tenho também acompanhado o The Voice Kids. É preciso ter um coração muito emperdenido para não ficar comovida e encantada com aquelas crianças. Mas quando começo a pensar sobre o programa sinto-me incomodada. Será legítimo utilizar as crianças para um programa de entretenimento? Quando os mentores têm que eliminar um concorrente, a maioria das crianças acabam lavadas em lágrimas. Até nos dói a desilusão pela qual as crianças passam. Se isso acontece na versão dos adultos, normalmente, os participantes estão lá pela sua própria decisão. Será que os pais deveriam permitir que as crianças passassem por isto? Cantar será o sonho só das crianças ou será também um sonho dos pais? Ou as crianças estão a concretizar os sonhos que os pais nunca conseguiram concretizar?

05
Jan21

Há cultura de esquerda e de direita?!

Charneca em flor

Nunca tinha acompanhado o programa de talento vocal da RTP1, The Voice Portugal. Por vezes via alguns momentos durante a hora de almoço porque tenho colegas que costumavam assistir.

No passado domingo terminou a última edição e eu vi quase todos os programas. O vencedor, Luís Trigacheiro, chamou-me logo a atenção na Prova Cega quando cantou, com emoção, a música "As Mondadeiras". Ao longo das semanas, foi sempre um dos meus favoritos embora reconheça que ficaram pelo caminho excelentes vozes. Como é óbvio, fiquei muito contente pelo jovem alentejano ter vencido.

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Luís Trigacheiro e Marisa Liz, a sua mentora

 

Logicamente, não se pode agradar a toda a gente e o sistema de escolher o vencedor por votação telefónica pode ser injusto. É possível que ganhe o concorrente mais popular, ou que consiga mobilizar mais pessoas, e que a melhor voz seja derrotada.

É compreensível que os fãs dos outros concorrentes reajam mal à derrota do seu ídolo. Vi comentários muito desagradáveis nas redes sociais. Mas o que me incomodou mais foi ter lido que Luís Trigacheiro é simpatizante do partido "Chega" e que era inadmissível que um fascista ganhasse a competição.

Não faço ideia de quais são as opiniões políticas deste rapaz mas também não tenho a certeza que isso importe. Não acompanho essa suposta simpatia por tal partido, antes pelo contrário, mas isso em nada influencia o meu gosto musical.

Aqui há tempos também houve um grande alarido porque Samuel Úria ter sido um dos signatários de uma carta aberta da Direita Portuguesa contra o mesmo partido. Nessa altura deu-se mais importância ao facto do músico ser de Direita do que ao conteúdo da carta.

Será que temos que elaborar as nossas preferências culturais consoante a postura política dos agentes culturais? Se um músico, um escritor ou um actor for de direita ou de esquerda, isso determina se tem mais ou menos talento? E isso influencia o nosso gosto pessoal?

Já pensaram sobre isto?!

 

13
Mai20

Diz que é o assunto do momento

Charneca em flor

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Não tenho seguido o Big Brother com muita regularidade. Só assim muito por alto. Vi a primeira emissão quando os concorrentes entraram no hotel para fazerem quarentena. Ontem, por acaso, liguei a televisão na TVI ao fim da tarde e vi a conversa do Cláudio Ramos com o concorrente Hélder sobre uns comentários homofóbicos. Ao que parece, o Big Brother decidiu sancionar o concorrente e lançou uma votação para as pessoas decidirem se o Hélder pode ficar ou não na casa. Tudo isso faz parte do espectáculo. Achei exagero quando o apresentador Cláudio Ramos disse que o país estava chocado com esta polémica. Qual não é a minha surpresa quando vejo no destaque da Mag no Sapo que este assunto foi o mais comentado do Twitter em Portugal. 

Como?!

Com tanto assunto mais importante, os comentários homofóbicos de um concorrente de um reality show gera um maior número de comentários do que o aumento da violência doméstica explicitada na morte da pequena Valentina, a crise económica, os problemas psicológicos provocados pelo confinamento ou o coronavírus (compreendo, este assunto já está aborrece mas continua a influenciar a nossa vida).

Atenção que eu acho que os comentários homofóbicos, xenófobos, racistas não podem ser aceites em nenhuma situação. Compreendo a atitude da produção do programa. Conseguiram "matar 2 coelhos de uma cajadada só"*. Alimentou o espectáculo do reality show e chamou a atenção para um problema real da sociedade já que estes comentários são ainda muito frequentes, infelizmente. Agora não se justifica ser o assunto mais comentado do Twitter.

 

*Agora já ofendi os defensores dos animais. Peço desculpa mas eu seria incapaz de matar um coelho fosse de que maneira fôr.

13
Fev20

Homeland, última temporada

Já estou com saudades

Charneca em flor

Não sou consumidora compulsiva de séries até porque não tenho Netflix nem outra plataforma de streaming do género. No entanto, de vez em quando, sigo algumas séries mas de uma maneira mais tradicional. Ou seja, vejo um episódio por semana. Quando muito vejo um episódio por dia quando são as séries da RTP 2 que costuma transmitir excelentes séries europeias.

Já andava a ver a série 911- Lone Star com Rob Lowe e Liv Tyler. Como o nome indica, o argumento gira à volta de um quartel de bombeiros. A corporação é muito sui generis, ou melhor, extremamente inclusiva já que consegue abranger todas as quotas (muçulmanos, homossexuais, transgeneros etc...) ao mesmo tempo. A história consegue ser, ao mesmo tempo, dramática e divertida.

Mas ontem estreou em Portugal, A Série. Homeland, ou Segurança Nacional, é uma fantástica série americana de espionagem. A personagem principal é Carrie Mathison, uma agente da CIA com doença bipolar, e ao longo de 8 temporadas fomos acompanhando a sua acção nos mais variados cenários de conflito. A actriz que desempenha o papel, Claire Danes, é muito boa tendo recebido vários prémios pelo papel desempenhado. A sua expressão dramática é surpreendente. Conseguimos acreditar mesmo naquilo que estamos a ver no ecrã. O argumento também é sempre excelente e muitas vezes surpeendente. Infelizmente, esta é a última temporada 

 

 

15
Out19

Why we hate?

Steven Spielberg tenta explicar

Charneca em flor

Graças às modernas boxes de TV que permitem andar para trás no tempo, acabei de assistir ao primeiro episódio da série documental do Discovery Channel "Why we hate?". A ideia de fazer a investigação que deu origem à série foi de Steven Spielberg que é um dos produtores. O documentário pretende "explicar porque é que nós, humanos, odiamos e temos tanto ódio dentro de nós."

No primeiro episódio foi abordado o tema do ponto de vista científico a nível da comparação com espécies animais próximas do humano e de investigação com bebés e as suas reacções ao mal. Também se aflorou o tema do bullying, do homicídio em massa, do ódio provocado por diferenças religiosas e a influência das redes sociais.

Tendo em conta o mundo em que vivemos hoje, o ambiente crescente de xenofobia, racismo e misoginia que se vive em vários países da Europa é um documentário muito interessante. Faz-nos pensar e pôr a mão na consciência sobre todas as vezes que, com as nossas atitudes, nos deixamos embarcar num ambiente de ódio ou alimentámos sentimentos de ódio nos outros.

A ver com atenção. A exibição é aos domingos à noite no Discovery Channel.

12
Set19

Portugueses de segunda

Charneca em flor

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Acabei de ver esta reportagem na TVI. Já sabia que as pessoas que vivem no interior do país passam por muitas dificuldades no acesso aos serviços de saúde. Mas uma coisa é saber, outra bem diferente é "conhecer" os casos concretos e ver os rostos de algumas das pessoas que passam por esses problemas. Não sei se sabem mas os medicamentos para tratamento de doenças muito graves, como cancro, HIV, esclerose múltipla entre outras, são, apenas, dispensados a nível hospitalar. Os doentes têm que se deslocar, frequentemente, ao hospital para levantar a medicação. Nos últimos anos, devido às contingências financeiras, não costuma ser possível levantar os medicamentos para muito tempo. Se residirem nos arredores das grandes cidades, poderá não representar uma despesa assim tão grande mas para quem vive a mais de 200 km torna-se complicado e dispendioso ir levantar aquela medicação essencial.

Há 3 anos, foi feito um protocolo entre a ANF, enquanto representante das farmácias, e o governo no sentido de se realizar um ensaio-piloto para avaliar as vantagens de dispensar a medicação hospitalar nas farmácias comunitárias. A primeira terapêutica a ser distribuída desta maneira foi a terapêutica anti-retrovírica.

A farmácia onde trabalho tem feito parte deste ensaio-piloto. Quando eu e a directora técnica conversámos sobre isso, achámos que era importante entrar no ensaio porque acreditámos que os resultados obtidos poderiam ajudar a vida de todas as pessoas do país que precisam da medicação hospitalar. Por isso, ainda me doeu mais ver a realidade destas pessoas que vivem a centenas de kms do hospital. Ao fim de 3 anos, este serviço ainda não foi alargado ao resto do país nem a outras patologias para além do HIV. Sinto-me defraudada. Não foi para que esta medida ficasse no papel que nós embarcámos neste projecto. Se não servir para  melhorar a vida de mais pessoas, o nosso trabalho foi desperdiçado.

03
Abr19

Ilusões desfeitas

Charneca em flor

Ontem à noite vi esta reportagem da TVI, no programa da Alexandra Borges, e posterior discussão na TVI24. Fiz uma pequena investigação e percebi que este esquema já existe há alguns anos uma vez que encontrei notícias idênticas já com algum tempo. O esquema consiste em angariar crianças e adolescentes para falsos castings com promessas de participações em telenovelas, publicidade ou anúncios. As famílias são levadas a pagar "cursos de formação" e books fotográficos sempre na ilusão de que os filhos tenham um papel numa qualquer série ou telenovela. Ora as pessoas gastam dinheiro nesses cursos e nos books e as oportunidades prometidas nunca surgem.

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Embora os grandes culpados sejam os burlões que se alimentam dos sonhos destes miúdos e das suas famílias, a verdade é que estes pais não foram muito atentos nem muito previdentes. Foram crédulos e deixaram que pessoas sem escrúpulos espezinhassem as ilusões dos filhos. E os pais devem ser os primeiros a defender e a proteger os filhos. Os pais devem mostrar aos filhos que se deve lutar pelos sonhos, sim, mas com estudo, com esforço, com trabalho. Não são cursos de meia dúzia de horas nuns fins de semana que preparam actores. Se o caminho parece muito fácil, se calhar é porque não é o caminho certo.

Na discussão que se seguiu à reportagem, estavam presentes 2 jovens actores da TVI, Lourenço Ortigão e Sofia Ribeiro, um advogado, um dono de uma agência de modelos e uma representante de uma agência que representa vários pequenos actores para além de 2 das mães burladas. Os profissionais sérios desta área deram excelentes conselhos sobre como as pessoas se podem defender destas burlas. 

Tal como não compreendo o que leva as pessoas adultas a participarem em reality shows, ainda compreendo menos os pais que permitem que os filhos se vejam envolvidos nestes esquemas. É pelos 5 minutos de fama? É para realizarem os sonhos dos filhos ou realizarem os seus próprios sonhos através dos filhos?

12
Mar19

Quem escolhiam? Um agricultor ou um filhinho da mamã?!

Charneca em flor

As redes sociais deste país incendiaram-se nas últimas 24/36 horas. Tudo por causa das estreias televisivas do último serão de domingo. Na SIC estreou o "Quem quer namorar com o agricultor?" e na TVI surgiu o "Quem quer casar com o meu filho?". Quando cheguei a casa, depois do baptizado a que fui e mesmo cansada, ainda vi o programa da SIC e espreitei alguns momentos do programa da TVI. Não conhecia os formatos. Já muito foi escrito e tenho que concordar que estes programas perpetuam estereótipos que já não deviam existir no Séc. XXI.

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Devo confessar que o programa onde aparecem as mamãs e os seus meninos de ouro me pareceu ainda pior que o outro. Fiquei na dúvida se aquilo era uma "busca pelo amor" ou uma entrevista para uma governanta lá para casa. Nojento é o melhor adjectivo para classificar o "Quem quer casar com o meu filho?". Como é que é possível que uma mãe parta do princípio que o filho adulto tem que arranjar uma mulher que cozinhe para ele? Qualquer pessoa adulta, independentemente do sexo, deve ser capaz de cuidar de si próprio.

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Em relação ao formato da SIC, achei mais divertido. Inspirou-me mais gargalhadas embora reconheça a semelhança com um leilão de gado. Neste programa há 5 agricultores e 20 candidatas a namoradas. Os agricultores têm que escolher 4 candidatas para um novo encontro (depois do speed dating inicial) e que serão convidadas para irem passar uma temporada nas respectivas quintas. Na minha opinião, apesar de serem os homens a escolher, as mulheres acabam por ter uma palavra a dizer já que se insinuam mais ao agricultor que preferem condicionando, assim, a escolha do homem. Talvez vá vendo alguns episódios deste "Quem quer namorar com o agricultor?". Estou curiosa para ver as figuras que as personagens femininas farão no campo. Sempre quero ver o que dizem quando enterrarem os saltos altos num monte de bosta.

A natureza humana espanta-me todos os dias. Não consigo perceber o que leva estas pessoas a participarem neste tipo de programas. Será que vale tudo por 5 minutos de fama? Ainda por cima o nosso país é tão pequeno que, ao que parece, alguns dos participantes já apareceram noutros programas do género na nossa televisão. O que não deixa de ser um bom sinal. Afinal  não há assim tantos portugueses idiotas. Ainda há esperança 

Há dias em que até apetece ver estas parvoíces para descansar a cabeça de outras preocupações mais sérias .

Toda esta publicidade gratuita será óptima para os 2 canais. Com tanta conversa as audiências vão aumentar, de certeza. Afinal, não interessem se falam mal ou falam bem, o que interessa é que falem.

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