E este mês de Janeiro que nunca mais acaba?! Sou só eu que acho que este mês já vai com 90 dias?
Hoje partilho uma foto que andava há várias semanas com vontade de tirar. No meu caminho para o trabalho passo pela lezíria à beira do Rio Tejo Como este Inverno tem sido chuvoso, há muitos locais com água acumulada. Passo por um sítio onde existem algumas casas em ruínas que parecem rodeadas de água como se estivessem no meio de um lago. Esta foi a imagem possível
Quando vou de casa para o trabalho, a primeira imagem que se vê é ainda mais bonita porque tem um espelho de água maior mas, infelizmente, esta estrada não tem muitos locais onde seja possível encostar para que se consiga fotografar. E também, na maioria dos dias, já vou em cima da hora para o trabalho e não há tempo para fotografias .
Desde 2020 que o meu interesse por plantas se intensificou.
Sempre gostei mas a minha distracção matava-as com facilidade. O início da pandemia fez com as pessoas ficassem mais em casa tornando-a mais agradável e acolhedora. Nessa altura as plantas de interior ganharam um novo vigor e começou a aparecer muito mais informação sobre o tema nas redes sociais e em vários programs de televisão. Como também fui contaminada pelo vírus das plantas , adquiri várias para casa mas também arranjei algumas para o meu local de trabalho. E é na sequência deste facto que surge a foto desta semana.
Zamioculcas zamiifolia
Esta planta adapta-se facilmente a zonas de pouca luz como é o caso do nosso refeitório e sobrevive com muito pouca água porque tem um rizoma que guarda a água. A maneira mais fácil da matar é com água a mais, principalmente no inverno. Esta tem alguns meses e acho que só a reguei 1 vez. Como podem ver, está bem feliz que até já tem um rolinho que dará origem a um novo pé e a Primavera ainda vem longe.
Não se pense que são só os meus utentes que dizem disparates como ficou patente neste post recente. Também a mim, e às minhas colegas, me saem disparates pela boca fora. Umas vezes são armadilhas de linguagem, outras vezes são sintomas de falta de filtro em aquilo que pensamos e aquilo que dizemos.
Senão vejamos este exemplo:
Aqui há dias entrou um delegado comercial de um laboratório que produz e comercializa contraceptivos hormonais nas apresentações orais e na forma de anel vaginal. Quando se dirigiu a mim, comentou que já não nos visitava há algum tempo porque tinha sido pai e tinha estado a usufruir da licença de paternidade. E qual foi a primeira coisa que eu disse? Não, não foi dar-lhe os parabéns. Saiu-me este disparate"
- Olha, afinal os contraceptivos não resultaram.
Claro que o resultado foi uma grande risota. Onde é que tinha a cabeça?
O meu dia-a-dia na farmácia é muito pouco rotineiro. Ontem apesar de ser domingo, estive a trabalhar porque a farmácia estava de serviço. Logo pela manhã, no momento de pagar com o cartão multibanco, uma senhora pergunta-me:
- Tem topless? ()
Não sei como me controlei mas disse rapidamente:
- Não temos contactless, não. Tem que colocar o código.
A minha mãe é que tem razão, porque que é que se usam nomes estrangeiros se estamos em Portugal?!
A imagem foi captada na minha noite de serviço que aconteceu de 3a feira para 4afeira. Estava a tentar escrever o meu texto para o Desafio Arte e Inspiração enquanto aguardava o toque da campainha que anunciava um novo utente. Quando trabalho de noite, tenho sempre muita fome. Neste momento estava a beber um longo café e uma fatia do bolo de maçã que fiz esta semana. Embora vá "escrevendo" os textos de ficção na minha cabeça, só lhes dou forma à última hora. Nunca acabei nenhum tão tarde como este já que o devo ter terminado pela madrugada fora.
A maioria dos leitores habituais já devem saber que eu sou uma orgulhosa farmacêutica. Grande parte dos dias são muito intensos mas há sempre momentos que nos divertem ou que nos deixem boquiabertas. Eu tento utilizar palavras mais simples para que as pessoas entendam facilmente aquilo que estamos a dizer. Uma das mais importantes funções de uma farmacêutica é garantir a adesão à terapêutica dos utentes. O que eu nunca esperei é que alguém não compreendesse uma palavra que eu considero muito corriqueira.
Ontem, enquanto tentava ajudar uma utente em relação a meias de contenção, perguntei-lhe qual era a medida do tornozelo. Acreditam que ela não sabia o que era o tornozelo? Apontando para o próprio tornozelo e perguntou: "O tornozelo? Aqui em baixo?". Estou a questionar-me, até agora, se tornozelo é uma palavra "cara".
Esta semana, no Instagram, há 2 imagens com igual número de . No entanto, decidi escolher, apenas, uma para foto da semana já que foi, efectivamente, captada durante a semana que passou.
Encontro esta árvore florida no meu percurso entre o sítio em que estaciono o carro e o meu local de trabalho. Não sei como se chama mas é giro ver as suas mudanças ao longo das estações do ano.
Ontem ficámos a saber que o país passa a estar em estado de calamidade a partir de dia 1 de Maio. Esta alteração significa uma maior abertura da economia nomeadamente a nível do alargamento dos horários de funcionamento da restauração e dos centros comerciais.
Ao mesmo tempo foram anunciadas cercas sanitárias a duas freguesias do concelho de Odemira. A situação neste município está caótica devido à multiplicação de casos entre a população migrante que trabalha nas inúmeras explorações agrícolas existentes na região. Ao que parece estas pessoas vivem em condições precárias que não respeitam os direitos humanos.
Extraordinário. O governo descobriu agora aquilo que já toda a gente sabe. Quer as pessoas que lá vivem, assim como as pessoas que visitam a região e os jornalistas que já fizeram inúmeras reportagens sobre o assunto, já sabem há muito desta situação. Possivelmente só a Autoridade para as Condições no Trabalho e o Ministério que a tutela é que não tinham dado por nada.
Ainda há dias vi uma reportagem sobre as reacções xenófobas a estes migrantes que se verificam no concelho de Odemira. Embora não seja aceitável até é compreensível que as pessoas tenham estas atitudes perante o medo da pandemia. Mas, na verdade, os empresários agrícolas que potenciam estas situações é que deviam sofrer represálias por sujeitarem as pessoas a estas condições de vida e deviam ser responsabilizados, de alguma forma, pela progressão da doença naquela região. Por agora serão obrigados a testar os trabalhadores das suas explorações.
Veremos quanto tempo durarão estas cercas sanitárias.
Aqui há 2 semanas, instalaram sensores de movimento, na farmácia onde trabalho, para que a iluminação se acenda, e apague, quando estamos a passar. Parece uma coisa banal mas eu sinto que estou a desfilar numa passerele e as luzes vão-se acendendo à minha passagem.
Ora, na verdade, estes sensores não se destinam a alimentar a minha vaidade mas sim a poupar energia já que previnem que as luzes fiquem acesas sem necessidade.
O problema é que, agora, penso que todas as luzes se deveriam acender, apenas e só, pela minha presença. Já dei por mim, mais de uma vez, surprendida porque a iluminação não se acende quando eu desfilo caminho como uma diva. Fico até ofendida pela falta de consideração das lâmpadas.
Vejam lá que, para subir a escada do meu prédio, tenho que carregar no interruptor. Falta de respeito .